"Só uso a palavra para compor meus silêncios"

Manoel de Barros


Eu só tenho usado o silêncio para compor os meus gritos...


Este é pura e simplesmente um espaço na mídia para divulgar meus poemas, contos, crônicas e artigos de opinião, bem como dos meus mestres e mestras da Filosofia e ARTES de um modo geral. Amo ESCREVER, acima de todas as coisas, então faço desse espaço o meu "grito de alerta", sem maiores pretensões...mas sempre com muitas provocações, pois fazem-se necessárias para que não sigamos mansos a trilha da manada direto para o matadouro... Apesar de todas as decepções, eu AINDA creio e amo o ser humano, então vamos lutar todos juntos em UNICIDADE, AMOR E FRATERNIDADE.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

ilogic@mente

Recebi semana passada da Jacintha Editores e do próprio autor, o que me deixou muito honrada, um exemplar do livro de poemas ilogic@mente do poeta maravilhoso Newman Ribeiro Simões. Fiquei simplesmente extasiada com a forma com que ele brinca com as palavras, de maneira tão suave e serena, sem alarde, gritos, ou melodramas. Um poeta absolutamente delicioso e que nos delicia com suas letras tão saborosas e delicadas, como a polpa de uma amora... Amei o livro e recomendo.

Se não encontrarem nas livrarias, entrem no site ou blog da jacintha Editores e encomendem logo o de vocês. Vale muito a pena mesmo.

O livro que li, pra variar, ficou todo marcado, pois quando gosto muito de um verso ou frase, tenho a péssima mania de dobrar a pontinha da página. E, esse, em especial, ficou com várias páginas com as pontinhas dobradas.

De certa forma, é assim que reconheço de longe na minha estante, os livros de que mais gosto: os que estão com mais pontinhas das folhas dobradas.

Mas vou tentar escolher entre tantas páginas marcadas, um pedacinho de um poema só para terem uma ideia da gostosura de que tô falando:


"O boi,

ancorado na sua

paciência bovina,

interroga-se sobre a dificuldade

que a pedra deve ter

para ruminar a luz que engole.

De pedra

medram silêncios

de milênios;

uma sinfonia do nada.


No deserto da ampulheta

não há oásis

para matar a sede

do tempo."


E, por aí vai... simplesmente mágico!!!! Parabéns, Newman!!!

No link do título vocês entram no blog da editora em que há a divulgação de uma entrevista com o autor.

Beijos!