Este poema foi inspirado por uma menina de no máximo três anos que passou por mim, à hora do almoço, de um desses dias qualquer, em uma rua próxima ao meu trabalho, na região central de Belo Horizonte. O poema escorreu de mim imediatamente ao vislumbrar suas encantadoras trancinhas e seu jeitinho de andar com uma das mãos segurando a cintura...
Menininha,
troca uma trancinha por um verso?
- É claro que não, poetinha louca!
Minha trancinha é de verdade
guardada pela inocência
protegida pela esperança,
enquanto seu verso é de mentira
carrega muito mais passado que futuro
até o nunca que jamais aconteceu.
Ele vive na realidade do sonho
naquilo que quase ninguém quer mais
imaginar, nem saber.
Eu não imagino Nada pois eu vivo Tudo.
Meu passado de tão pequeno
é mais leve que uma pluma.
E futuro na minha idade
também não pesa
pois nem sequer me pertence.
Não possuir concede liberdade
de Ser, Estar e Existir.
Você, poetinha, está condenada
por seus versos
a viver entre vários Mundos.
Por isso, não se encontra em nenhum deles.
Eu, ao contrário,
Menininha,
troca uma trancinha por um verso?
- É claro que não, poetinha louca!
Minha trancinha é de verdade
guardada pela inocência
protegida pela esperança,
enquanto seu verso é de mentira
carrega muito mais passado que futuro
até o nunca que jamais aconteceu.
Ele vive na realidade do sonho
naquilo que quase ninguém quer mais
imaginar, nem saber.
Eu não imagino Nada pois eu vivo Tudo.
Meu passado de tão pequeno
é mais leve que uma pluma.
E futuro na minha idade
também não pesa
pois nem sequer me pertence.
Não possuir concede liberdade
de Ser, Estar e Existir.
Você, poetinha, está condenada
por seus versos
a viver entre vários Mundos.
Por isso, não se encontra em nenhum deles.
Eu, ao contrário,
só tenho a infância como Mundo
Encontro, então, abrigo
ternura, aconchego.
Eu posso tudo!
Só preciso brincar de acreditar
No que você não consegue mais...
É isso que dá querer Saber Tudo!
Aprende, poetinha, com essa menina que hoje te usa:
A gente só deve saber o suficiente
que não nos deixe perder a Fé.
Encontro, então, abrigo
ternura, aconchego.
Eu posso tudo!
Só preciso brincar de acreditar
No que você não consegue mais...
É isso que dá querer Saber Tudo!
Aprende, poetinha, com essa menina que hoje te usa:
A gente só deve saber o suficiente
que não nos deixe perder a Fé.
Foto: Minha filha Isadora com 3 anos